Ação é vinculada ao Circuito de Cinema por meio do Festival Velho Chico de Cinema Ambiental
Mauricio Santana – estudante de Jornalismo, com fotos de Bruno Vieira
Nesta quinta-feira (28), o dia foi iniciado no 13º Circuito Penedo de Cinema com uma atividade marcada pela preservação do meio ambiente: uma ação de monitoramento da qualidade das águas do São Francisco. A atividade, realizada às margens do rio, faz parte da 10º Festival Velho Chico de Cinema Ambiental, e contou com a participação de professores e pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), além de estudantes e professores da Escola Municipal de Educação Básica Irmã Jolenta.
De acordo com o docente Cláudio Sampaio, o monitoramento das águas do Velho Chico foi iniciado em 2016, seguindo diversas métricas e critérios. Desde então, o exame é realizado mensalmente, e ao final de todos os testes, as amostras recolhidas são classificadas em uma escala que vai de “péssimo” a “ótimo”. Para ele, realizar esse processo junto a estudantes de escolas públicas é um dos pontos altos do Circuito Penedo de Cinema: “A gente sai das salas de cinema, das salas de aula, e começa a entender como o rio é importante pra gente. Ele está presente na água que a gente toma banho, na comida que a gente come, na nossa cultura, então considero um dos momentos altos do Circuito Penedo, esse momento aqui no Rio São Francisco com essa galerinha”, afirmou o professor Buia, como é popularmente conhecido.
O docente explicou ainda que o monitoramento é realizado avaliando mais de 20 critérios, como coloração da água, saturação do oxigênio e presença de compostos químicos. Ele fez um alerta em relação aos resultados coletados desde o início das atividades, que se mantêm em nível regular ao longo dos quase nove anos de análise. Para Buia, isso é um dado preocupante, pois mostra que as águas do Velho Chico não apresentaram melhora mesmo após quase uma década de pesquisa.
Educação e sustentabilidade
Além de Claudio Sampaio, o pesquisador Tiago Albuquerque também coordenou o momento junto aos estudantes. Para Tiago, o público principal das ações desenvolvidas são justamente os estudantes de escolas públicas da região ribeirinha, mas que a participação de toda a população também é estimulada, para assim propagar a mensagem de preservação das águas do rio.
“É uma atividade bastante importante, dada a importância do Rio São Francisco, tanto para a cidade, como para o Brasil. A gente faz essa atividade regularmente e tenta trazer sempre crianças e jovens para participar dessa ação, para poder explicar a respeito da importância disso e que eles transmitam essas informações”, explicou Tiago, acrescentando que a iniciativa vem de um projeto de extensão da Ufal, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica e o projeto Meros do Brasil.
Sobre o Circuito
O Circuito Penedo de Cinema será realizado até o domingo, dia 1º, pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), pelo governo de Alagoas por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas (Secult-AL) e pelo Instituto de Estudos Culturais, Políticos e Sociais do Homem Contemporâneo (IECPS).
Além disso, o evento tem patrocínio do Banco do Nordeste, Ministério da Cultura e governo federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Prefeitura de Penedo, do Sebrae, Instituto do Meio Ambiente (IMA-AL), Comitê de Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), e apoio da Mistika, Super Connect, Infograf, Partiu Penedo e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
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